Cultura Rastafáti:
O Rastafarianismo não surgiu na Jamaica por acaso. Uma longa história de resistência e rebeldia preparou o seu caminho. Uma história que começa com o episódio da revolta dos Maroons (uma quilombo bem sucedido, formado por escravos fugitivos que resistiram por mais de 80 anos ao exército inglês e se tornaram independentes do governo colonial) e que avança até o fenômeno Rude Boy (jovens rebeldes e violentos que habitavam os bairros de lata de Kingston nos anos 60).
Notas: Termos usados pelos adeptos do Hastafarianismo.
Jah: Abreviação do nome bíblico "Jeovah", usada para designar Deus ou sua encarnação terrena, segundo os rastas, o Imperador Hailé Selassié I.
Babilônia: Lugar imaginário que representa o sistema social construído com a escravização dos negros.
Dread: Rebelde, terrível. Todo verdadeiro rasta é também um "dread".
Zion: A Terra Prometida. Lugar imaginário que representa a possibilidade de recusa ou fuga da Babilônia.
Ras: Título de nobreza etíope muito comum nos nomes adotados pelos rastas.
Dreadlocks: Longas tranças usadas pelos rastas.
Ital: um termo Rasta que significa puro, natural ou limpo, seria proibido.
Jah livre:
Os rastafáris afirmam que na cultura deles existem as mais puras formas de Judaísmo e Cristianismo. (Os religiosos sempre refletem o ambiente social e geográfico de onde emergem, e o Rastafarianismo Jamaicano não é exceção: Por exemplo, o uso de maconha como um sacramento e um auxiliar para a meditação é lógico num país onde particularmente uma imensa quantidade de "erva” cresce livremente.)
Aparência
Outro costume comum proibido era o de cortar ou pentear os cabelos. Essa tradição religiosa Rasta também é fundamentada em diretrizes sagradas, que determina aos seguidores da Filosofia Rastafári que não cortem ou penteiem seus cabelos e barba. Para aqueles que não seguem a filosofia, a aparência Rasta pode não parecer muito, digamos, "higiênica", ou bonita para os padrões da sociedade. Mas Rastas serão sempre Rastas, não importando para eles a opinião alheia a respeito de seus costumes.
Origem Rastafári:
O rastafári surgiu na década de 30, Os Rastafáris se identificam com o Povo Escolhido por Deus (Jah). As cores que os identificam são as cores da África: o verde, o amarelo e o vermelho (também cores da bandeira da Etiópia) e o preto. O verde representa a natureza do continente africano, o amarelo sua riqueza, o vermelho significa o sangue dos escravos e o preto a nossa raça. Existem vários seguimentos Rastas como As 12 Tribos de Israel, Bobo Dreads e a Ordem Nyabinghi, mas os rastafáris não seguem doutrinas específicas. O conhecimento dos Rastafáris é simplesmente baseado em sua própria crença e nas palavras da Bíblia. Para eles, ler o Livro Sagrado é aprender sobre a história de Sua Majestade e a Etiópia. Outro livro de grande importância é o Kebra Nagast (A Glória dos Reis), que conta o surgimento da Dinastia Salomônica.
O uso da ganja também é fundamental para suas meditações, visto que a erva foi encontrada no túmulo do Rei Salomão de Jerusalém. A ganja é apontada como A Cura da Nação, por ter várias propriedades medicinas, além de ser muito útil para uma infinidade de coisas (roupas, cosméticos,papel;etc…).Uma publicidade positiva para os Rastas veio através da música reggae nos anos 70.
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