sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Cultura e Origem Rastafári



Cultura Rastafáti:

O Rastafarianismo não surgiu na Jamaica por acaso. Uma longa história de resistência e rebeldia preparou o seu caminho. Uma história que começa com o episódio da revolta dos Maroons (uma quilombo bem sucedido, formado por escravos fugitivos que resistiram por mais de 80 anos ao exército inglês e se tornaram independentes do governo colonial) e que avança até o fenômeno Rude Boy (jovens rebeldes e violentos que habitavam os bairros de lata de Kingston nos anos 60). Um dos capítulos decisivos dessa história é a trajetória de Marcus Garvey, um jamaicano descendente dos Maroons, que se tornou famoso como líder do movimento negro nos EUA e na Jamaica do início do século. Entre outras realizações, ele criou a "Universal Negro Improvement Association" (UNIA), o jornal "Negro World", a companhia de navegação "Black Star Line" (que tinha como objetivo não declarado viabilizar o retorno dos negros das Américas para o continente africano), e exerceu uma importante influência nos movimentos, que, mais tarde, libertaram a África do domínio colonial europeu. As idéias de Marcus Garvey encontraram eco entre os líderes religiosos da Jamaica e ele ganhou fama de profeta. Sua pregação combinou-se a uma interpretação livre da Bíblia, especialmente do Velho Testamento. Garvey e seus seguidores identificavam-se com a história das tribos perdidas de Israel, vendidas aos senhores de escravos da Babilônia. Essa metáfora inicial gerou uma série de imagens simbólicas que se tornaram constantes na tradição oral dos rastas:

Notas: Termos usados pelos adeptos do Hastafarianismo.

Jah: Abreviação do nome bíblico "Jeovah", usada para designar Deus ou sua encarnação terrena, segundo os rastas, o Imperador Hailé Selassié I.

Babilônia: Lugar imaginário que representa o sistema social construído com a escravização dos negros.

Dread: Rebelde, terrível. Todo verdadeiro rasta é também um "dread".

Zion: A Terra Prometida. Lugar imaginário que representa a possibilidade de recusa ou fuga da Babilônia.

Ras: Título de nobreza etíope muito comum nos nomes adotados pelos rastas.

Dreadlocks: Longas tranças usadas pelos rastas.

Ital: um termo Rasta que significa puro, natural ou limpo, seria proibido.

Jah livre:

Os rastafáris afirmam que na cultura deles existem as mais puras formas de Judaísmo e Cristianismo. (Os religiosos sempre refletem o ambiente social e geográfico de onde emergem, e o Rastafarianismo Jamaicano não é exceção: Por exemplo, o uso de maconha como um sacramento e um auxiliar para a meditação é lógico num país onde particularmente uma imensa quantidade de "erva” cresce livremente.)

Aparência

Outro costume comum proibido era o de cortar ou pentear os cabelos. Essa tradição religiosa Rasta também é fundamentada em diretrizes sagradas, que determina aos seguidores da Filosofia Rastafári que não cortem ou penteiem seus cabelos e barba. Para aqueles que não seguem a filosofia, a aparência Rasta pode não parecer muito, digamos, "higiênica", ou bonita para os padrões da sociedade. Mas Rastas serão sempre Rastas, não importando para eles a opinião alheia a respeito de seus costumes.


Marcus Garvey

Origem Rastafári:

O rastafári surgiu na década de 30, Os Rastafáris se identificam com o Povo Escolhido por Deus (Jah). As cores que os identificam são as cores da África: o verde, o amarelo e o vermelho (também cores da bandeira da Etiópia) e o preto. O verde representa a natureza do continente africano, o amarelo sua riqueza, o vermelho significa o sangue dos escravos e o preto a nossa raça. Existem vários seguimentos Rastas como As 12 Tribos de Israel, Bobo Dreads e a Ordem Nyabinghi, mas os rastafáris não seguem doutrinas específicas. O conhecimento dos Rastafáris é simplesmente baseado em sua própria crença e nas palavras da Bíblia. Para eles, ler o Livro Sagrado é aprender sobre a história de Sua Majestade e a Etiópia. Outro livro de grande importância é o Kebra Nagast (A Glória dos Reis), que conta o surgimento da Dinastia Salomônica.
O uso da ganja também é fundamental para suas meditações, visto que a erva foi encontrada no túmulo do Rei Salomão de Jerusalém. A ganja é apontada como A Cura da Nação, por ter várias propriedades medicinas, além de ser muito útil para uma infinidade de coisas (roupas, cosméticos,papel;etc…).Uma publicidade positiva para os Rastas veio através da música reggae nos anos 70.




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